• Mar Azul

    O Mar,
    Deta quitinho, bô dixam bai
    Bô dixam bai spia nha terra

    Bô dixam bai salva nha Mãe...

    O Mar,
    Mar azul, subi mansinho
    Lua cheia lumiam caminho
    Pam ba nha terra di meu
    São Vicente pequinino,
    Pam ba braça nha cretcheu.
    Oh... Mar, anô passá tempo corrê
    Sol raiá, lua sai
    A mi ausente na terra longe...
    O Mar...
     

    Sodade

    Quem mostro'b
    Ess caminho longe?
    Quem mostro'b
    Ess caminho longe?
    Ess caminho
    Pa São Tomé

    Sodade sodade sodade
    Dess nha terra d'São Nicolau

    Si bo t'screve'm
    M'ta screve'b
    Si bo t'squece'm
    M'ta squece'b

    Até dia
    Ke bo volta

    Sodade sodade sodade
    Dess nha terra d'São Nicolau

     
         
     Ave Cesaria
    Evora, Evora
    Evora, Evora
    Evora, Evora
    Evora, Evora

    Les effluves de rhum dans ta voix, me font tourner la tête
    Tu me fais danser du bout des doigts, comme tes cigarettes
    Immobile, comme à ton habitude, mais es-tu devenue muette
    Ou est-ce à cause des kilomètres, que tu n’me réponds plus

    Evora, Evora, tu ne m'aimes plus ou quoi ?
    Evora, Evora, après tant d'années
    Evora, Evora, une de perdue, c'est ça ?
    Evora, Evora, je te retrouverai, c'est sûr
    Evora, Evora
    Evora, Evora

    Souviens-toi de la première fois, où nos regards s'étaient croisés
    Même que ton œil disait merde à l'autre, surtout à moi
    Mais pourquoi moi, alors que les autres te trouvaient bien trop laide
    Peut-être que moi je suis trop bête, mais je sais t'écouter

    Evora, Evora, tu ne m'aimes plus ou quoi ?
    Evora, Evora, après tant d'années
    Evora, Evora, une de perdue, c'est ça ?
    Evora, Evora, je te retrouverai, c'est sûr
    Evora, Evora
    Evora, Evora
    Evora, Evora
    Evora, Evora

    Ave Cesaria, chapeau pour la route à pieds
    Nue est, et nue était, Diva aux pieds nus, restera
    Et à vie Cesaria, et à la mort aussi
    Aux brigades, tu embrigadas des millions de soldats dans ta patrie
    Donc garde à vous Cesaria, tu nous as tous quand même bien eus
    Ah tout le monde te croyait disparue, mais tu es revenue
    Sacrée Cesaria, quelle belle leçon d'humilité
    Malgré toutes ces bouteilles de rhum, tous les chemins mènent à la dignité

    Evora, Evora, tu ne m'aimes plus ou quoi ?
    Evora, Evora, après tant d'années
    Evora, Evora, une de perdue, c'est ça ?
    Evora, Evora, je te retrouverai, c'est sûr
    Evora, Evora
    Evora, Evora
    Evora, Evora
    Evora, Evora

    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....Saudade de nha Cesaria...
    Oh Sodade....
    Oh Sodade....
    Oh Sodade...
    Oh Sodade....

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  • País Tropical

    Moro num país tropical
    Abençoado por Deus
    E bonito por natureza
    (Mas que beleza)
    Em fevereiro
    (Em fevereiro), tem carnaval
    (Tem carnaval,)
    Tenho um fusca e um violão
    Sou Flamengo e tenho uma nega chamada teresa
    Sambaby, sambaby,

    Sou um menino de mentalidade mediana(pois é)
    Mas assim mesmo, feliz da vida
    Pois eu não devo nada a ninguem
    (pois é)pois eu sou feliz,muito feliz comigo mesmo
    Sambaby,sambaby
    Eu posso não ser um bandleador (pois é)
    Mas assim mesmo la em casa, todos meus amigos

    Meus camaradas, me respeitam (pois é)
    Essa é a razao da simpatia do poder,
    Do algo mais é da alegria .
    Mó,num pá tropi,
    Abençóa por Dé
    E boni por naturé (mas que belé)
    Em feveré (em feveré)
    Tem carná (tem carná)
    Eu tenho um fu e um vio,
    Sou flamé,tê uma nê chamá Terê
    Sou flamé,tê uma nê chamá Terê.

     

     

    Mas Que Nada,

    O ariá raió
    Obá obá obá

    Mas que nada
    Sai da minha frente
    Eu quero passar
    Pois o samba está animado
    O que eu quero é sambar
    Esse samba
    Que é misto de maracatu
    É samba de preto velho
    Samba de preto tú

    Mas que nada
    Um samba como este tão legal
    Você não vai querer
    Que eu chegue no final

    O ariá raió
    Obá obá obá

     

     

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  • Bahia de Todos Os Deuses

    Bahia, os meus olhos estão brilhando,
    Meu coração palpitando,
    De tanta felicidade.

    És a rainha da beleza universal,
    Minha querida Bahia,
    Muito antes do Império,
    Foste a primeira capital.

    Preto Velho Benedito já dizia,
    Felicidade também mora na Bahia,
    Tua história, tua glória,
    Teu nome é tradição,
    Bahia do velho mercado,
    Subida da Conceição.

    És tão rica em minerais,
    Tens cacau, tens carnaúba,
    Famoso jacarandá,
    Terra abençoada pêlos deuses,
    E o petróleo a jorrar.

    Nega baiana,
    Tabuleiro de quindim,
    Todo dia ela está,
    Na igreja do Bonfim, ( oi )
    Na ladeira tem, tem capoeira,
    Zum, zum, zum,
    Zum, zum, zum,
    Capoeira mata um !

    Zum, zum, zum,
    Zum, zum, zum,
    Capoeira mata um !

     

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  • Apesar de Você

    Hoje você é quem manda
    Falou, tá falado
    Não tem discussão
    A minha gente hoje anda
    Falando de lado
    E olhando pro chão, viu

    Você que inventou esse estado
    E inventou de inventar
    Toda a escuridão
    Você que inventou o pecado
    Esqueceu-se de inventar
    O perdão

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Eu pergunto a você
    Onde vai se esconder
    Da enorme euforia
    Como vai proibir
    Quando o galo insistir
    Em cantar
    Água nova brotando
    E a gente se amando
    Sem parar

    Quando chegar o momento
    Esse meu sofrimento
    Vou cobrar com juros, juro
    Todo esse amor reprimido
    Esse grito contido
    Este samba no escuro

    Você que inventou a tristeza
    Ora, tenha a fineza
    De desinventar
    Você vai pagar e é dobrado
    Cada lágrima rolada
    Nesse meu penar

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Inda pago pra ver
    O jardim florescer
    Qual você não queria
    Você vai se amargar
    Vendo o dia raiar
    Sem lhe pedir licença
    E eu vou morrer de rir
    Que esse dia há de vir
    Antes do que você pensa

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Você vai ter que ver
    A manhã renascer
    E esbanjar poesia
    Como vai se explicar
    Vendo o céu clarear
    De repente, impunemente
    Como vai abafar
    Nosso coro a cantar
    Na sua frente

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Você vai se dar mal
    Etc. e tal
    Lá lá lá lá laiá

     

    Fado Tropical

     Oh, musa do meu fado Oh, minha mãe gentil
    Te deixo consternado No primeiro abril
    Mas não sê tão ingrata Não esquece quem te amou
    E em tua densa mata Se perdeu e se encontrou

    Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
    Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

    "Sabe, no fundo eu sou um sentimental
    Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
    (além da sífilis, é claro)
    Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar,
    trucidar
    Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

    Com avencas na caatinga Alecrins no canavial
    Licores na moringa Um vinho tropical
    E a linda mulata Com rendas do Alentejo
    De quem numa bravata Arrebato um beijo

    Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
    Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

    "Meu coração tem um sereno jeito
    E as minhas mãos o golpe duro e presto
    De tal maneira que, depois de feito
    Desencontrado, eu mesmo me contesto
    Se trago as mãos distantes do meu peito
    É que há distância entre intenção e gesto
    E se o meu coração nas mãos estreito
    Me assombra a súbita impressão de incesto
    Quando me encontro no calor da luta
    Ostento a aguda empunhadura à proa
    Mas o meu peito se desabotoa
    E se a sentença se anuncia bruta
    Mais que depressa a mão cega executa
    Pois que senão o coração perdoa"

    Guitarras e sanfonas, Jasmins, coqueiros, fontes
    Sardinhas, mandioca
    Num suave azulejo
    E o rio Amazonas Que corre Trás-os-Montes
    E numa pororoca Deságua no Tejo

    Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
    Ainda vai tornar-se um império colonial

    Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
    Ainda vai tornar-se um império colonial

    Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
    Ainda vai tornar-se um império colonial

    Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
    Ainda vai tornar-se um império colonial.

     

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  • Aquarela do Brasil

     Brasil, meu Brasil brasileiro
    Meu mulato inzoneiro
    Vou cantar-te nos meus versos
    O Brasil, samba que dá
    Bamboleio que faz gingar
    O Brasil do meu amor
    Terra de Nosso Senhor
    Brasil! Brasil!
    Pra mim... Pra mim...

    Ô, abre a cortina do passado
    Tira a mãe preta do cerrado
    Bota o rei congo no congado
    Brasil! Brasil!

    Deixa cantar de novo o trovador
    À merencória luz da lua
    Toda a canção do meu amor
    Quero ver essa dona caminhando
    Pelos salões arrastando
    O seu vestido rendado
    Brasil! Brasil!
    Pra mim... Pra mim...

    Brasil, terra boa e gostosa
    Da morena sestrosa
    De olhar indiscreto
    O Brasil verde que dá

    Para o mundo se admirar
    O Brasil do meu amor
    Terra de Nosso Senhor
    Brasil! Brasil!
    Pra mim... Pra mim...

    Ô, esse coqueiro que dá coco
    Oi onde amarro minha rede
    Nas noites claras de luar
    Brasil! Brasil!

    Ô, oi essas fontes murmurantes
    Oi onde eu mato a minha sede
    E onde a lua vem brincar
    Oi, esse Brasil lindo e trigueiro
    É o meu Brasil brasileiro
    Terra de samba e pandeiro
    Brasil! Brasil!
    Pra mim... Pra mim...

     

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